Hoje tive uma impressão muito forte. Quase um dejavù, quase o fim de uma saudades, quase um retorno para um lugar aconchegante, quase a sensação de um dever cumprido... Digo quase, porque não consigo definir em palavras o que ao certo senti.
Olhei em volta e senti-me aliviada. Olhei em volta e me senti em casa. Olhei em volta e tive a ligeira impressão de ter chegado ao fim de um ciclo, daí a sensação de aconchêgo.
Fui dar uma volta, um passeio necessário para ganhar tantas vivências, aprendizados, engrandecimentos. Voltei de onde saí fisicamente mas espiritual, intelectual e até moralmente eu não voltei, eu cheguei a um novo lugar. Senti-me em paz.
Voltei para mim mesma mas de um jeito diferente. Reencontrei com meu mundo.
Agora é hora de arrumar minha casa. Tirar o pó, dispensar o que é velho, ajeitar espaço para o novo, varrer o chão, abrir as janelas, deixar o sol entrar...
Sinto-me disposta a tudo isso, pronta para encarar essa nova fase.
No plano físico a vontade de buscar meu próprio canto é enorme, por um instante, deixo isso para daqui a pouco. No momento a prioridade está em tudo aquilo que não é matéria. Nas minhas vontades, livres de interferências alheias, livres de medo, de inseguranças, na identificação dos sonhos que pertencem só a mim, na organização dos planos e estratégias, na liberdade que só existe quando estamos verdadeiramente descompromissados com promessas, medos e obsessões, em cuidar de mim.
Dói.... Sim um pouquinho, dói. Mas é uma dor gostosa, é uma dor carregada da emoção por saber que tenho que passar por isso e que existe a esperança de que amanhã o sol virá para iluminar o novo. E isso, tb passa!
Mas logo que essa dor passa, vem a euforia, a alegria, a vontade de conquistar o mundo. E é essa vontade que me faz seguir em frente, continuar cuidando do meu mundo, ajeitando a minha casa, para que se um visitante chegar, as coisas estejam ajeitadinhas e prontas para as gentilezas.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
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