terça-feira, 23 de setembro de 2008

11 anos de rádio

Agora no mês de outubro, completo 11 anos em rádio. Caraca!!! Como o tempo passa rápido! Decidi escrever um pouco sobre minha relação e história com o mundo radiofônico. Sei lá, tipo um desabafo nostálgico mesmo...
Nessa semana, uma parte da galerinha que participou da histórica época do Maia e Tatola na Brasil 2000 vai se reencontrar. Vish... Imagina quanta roupa suja vamos lavar...rs...rs...

Foi quase de pára-quedas minha chegada a esse universo em 1997. Lembro-me do primeiro dia em que entrei naquela rádio rock n´roll que quase ninguém ouvia mas meu namorado da época, o X, insistia em me levar para conhecer e para que eu deixasse meu currículo para uma remota vaga de estágio. E não é que deu certo!!!!! Depois de 2 dias, lá estava eu: totalmente PEGA!

Quase um terror! Esse era o panorama tocado pela galera que controlava a promoção da Brasil. "Trabalha ou apanha de régua estagiotário!!!...Tem que vim de batom!... Hoje à noite tem promoção no show do Green Day e amanhã vc tem que estar aqui às 07h da manhã e ENGOLE o choro!...". Hahahahahahaha

Agora dá até vontade de rir mas a gente sofria, viu! Mando lembranças aqui para Mister Konen e Bolinha. Foi graças a vcs que eu tô nessa até hoje.
Mas valeu demais a pena! E eu fui teimosa... Também, estava apaixonada pelo rádio. Da promoção pro jornalismo, apresentação e locução.

Clube das Minas!!! Guardado no coração e com certeza na história do rádio em São Paulo. Modéstia a parte, eu, a Fá e, não posso tirar o mérito da nossa produtora Ruiva que aliás fez várias entradas do helicóptero pink, colocamos no ar, com um jeitinho bem cor de rosa, um aroma de incenso e muito rock n´roll, um programa único, apresentado e produzido por mulheres inteligentes, para meninas de personalidade e onde os minos nunca foram excluídos, pelo contrário, eram muito bem vindos. Saudads!!!

Lá, fiz grandes amizades que duram até hj... Ruivets, Fá, Grazi, Piui, Tadeu, Junho Bill, Dressa, Lê, Daiben e muitos outros...
Eu poderia preencher posts e mais posts só relembrando fatos e histórias da Brasil, mas minha vida no rádio não parou por aí.

Veio a Energia e o Muito Prazer. Saudads Betinho Keller! Grande parceiro. Nunca deixou faltar o bom humor nos bastidores e tinha uma paciência com a Madame Castañon... Valeu Sombra e Zé por acreditarem na minha louca e ousada proposta... rs... rs

Na Kiss, foi uma passagem relâmpago mas valeu só por ter feito parte da contagem e apresentação dos 500 maiores rocks de todos os tempos.

América AM- Puta experiência! Apesar de toda a tecnologia do FM, ter feito AM me fez sentir de verdade como é trabalhar em rádio. Saudads Mané Bomfim, Mirian, Everton, Silvia, Pablo... Sei que toda essa galera continua na batalha. Todos apaixonados por rádio. Nossa identificação em querer fazer rádio de um jeito diferente foi imediata.
Na América, colocamos em prática o que era defendido pelo nosso patrono e pioneiro do rádio brasileiro, Edgard Roquette Pinto- Realizar o rádio com espírito altruísta e elevado!

A Metrô, ou Metropolitana entrou em minha vida em 2004. Grande Waguinho Rocha que me deu essa chance de trabalhar em uma das maiores rádio do Brasil. Hoje, a Metrô se confunde com minha própria casa. Querer estar na Metrô é como querer estar em casa! Realizo-me na locução, na apresentação do Na Pegada e em todas as outras coisitchas que acabo fazendo muito mais por amor do que por obrigação. Aliás, acho que essa é a fórmula para ser feliz no trabalho!

Bom... Escrevi demais por hoje... Têm coisas que no papel...ou na internet...não tem o mesmo sabor, o mesmo cheiro, a mesma sensação de quando vividos, e isso tá guardado aqui dentro!

bjo

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

O colorido Impactante de Beatriz Milhazes

"Somente um bom duelo de cores me faz começar"! São palavras da artista plástica Beatriz Milhazes. Ir à exposição dela faz você se sentir num verdadeiro parque de diversões. Um colorido impactante, formas geométricas e detalhes românticos, colagens, pintura e gravuras em telas gigantes preenchidas com sentimento e muita arte. Tanta arte, que em maio, um de seus quadros foi arrematado na Sotheby´s de Nova York por, pasmem, 1 milhão de dólares!!!!!!!!!!!! Brasileira, morena, cabelos encaracolados e um humilde sorriso, assim é a carioca Beatriz Milhazes que está encantando o mundo com suas obras sensíveis e únicas.

Fui conferir à exposição da artista, em cartaz na Estação Pinacoteca, na capital paulista.


Bom, uma volta pelo centro e a própria fachada da Estação já valem o passeio histórico. Debaixo de tanta sujeira, nosso centro é lindo, e se não fosse isso, poderia não perder para os centros do Velho Mundo. Eu, minha amiga Sil, o maridão dela - Janzo e a ermana Lu, ficamos viajando nas fotos... Claro, que o posto de fotógrafo oficial sobrou pro Janzo...rs...rs..Quem mandou trabalhar com o que é o hobbie dos outros!

Beatriz Milhazes declarou ao jornal Folha de S.Paulo. "Por enquanto, o que ainda mais me desafia é a possibilidade de preencher uma tela em branco".

Vale vc conferir a exposição e em cada quadro tentar descobrir qual o desafio que a artista buscou vencer. Pode ter certeza, vc vai acabar descobrindo sensações inéditas que vem de dentro de vc mesmo...

Ah! Preciso falar dos vitrais de Beatriz Milhazes. Ela preencheu os vidros da Estação com adesivos transparentes e coloridos, criando um ambiente alegre e com uma luz muito aconchegante, não dava vontade de ir embora...

Vai lá! Fica em cartaz até 30 de novembro.

Estação Pinacoteca- Largo General Osório, 66; Centro de São Paulo- tel. 0/xx/11/3337-0185

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Volver...


Voltei, vim de novo para o ponto de onde parti.
Parti de um jeito, voltei de outro. A dama de companhia da volta é a mudança.
O voltar geralmente vêm carregado de expectativas e ansiedade. Ver de novo quem partiu, perdoar uma pessoa querida, o dia e a noite, o nascimento e a morte, a chuva... está presente na natureza da vida, pode vir como consequência de uma separação, um afastamento, uma decisão.
Nem sempre a volta é o voltar atrás e muitas vezes é como um "voltar para frente", fazer de novo para fazer diferente. Aliás, acredito que essa seja a volta que valha a pena. Se é pra voltar, é pra fazer diferente ou é porque faz diferença!!! A volta como um recomeçar.
Chico já dizia... "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode recomeçar agora e fazer um novo final". E isso é o que importa, a diferença que fica no final.
Nem sempre o voltar implica em reencontrar com os mesmos elementos que lhe trouxeram até aqui. Muitas vezes é voltar a ser feliz com novos elementos e geralmente isso é o que dá certo.
O que precisa é acreditar que mesmo com novos componentes, vc pode voltar a ver o mundo com os mesmos olhos de antes, mas com algo diferente dentro de si, uma vivência a mais, um brilho no olhar, uma vontade maior.
O que pode impedir esse recomeço, esse reencontro com a libertação: Só o medo barra o recomeço.
É preciso, de vez em quando, voltar. A meditação já nos ensina a importância de sempre voltar. Voltar ao equilíbrio, ao ponto de concentração, por mais que nossa mente teime em se distrair. A divagação, o libertar da mente são necessários e sadios, mas tanto quanto é o retorno ao propósito inicial. Volte! Vá, e tenha o bom senso para usar o voltar.