segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Volver...


Voltei, vim de novo para o ponto de onde parti.
Parti de um jeito, voltei de outro. A dama de companhia da volta é a mudança.
O voltar geralmente vêm carregado de expectativas e ansiedade. Ver de novo quem partiu, perdoar uma pessoa querida, o dia e a noite, o nascimento e a morte, a chuva... está presente na natureza da vida, pode vir como consequência de uma separação, um afastamento, uma decisão.
Nem sempre a volta é o voltar atrás e muitas vezes é como um "voltar para frente", fazer de novo para fazer diferente. Aliás, acredito que essa seja a volta que valha a pena. Se é pra voltar, é pra fazer diferente ou é porque faz diferença!!! A volta como um recomeçar.
Chico já dizia... "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode recomeçar agora e fazer um novo final". E isso é o que importa, a diferença que fica no final.
Nem sempre o voltar implica em reencontrar com os mesmos elementos que lhe trouxeram até aqui. Muitas vezes é voltar a ser feliz com novos elementos e geralmente isso é o que dá certo.
O que precisa é acreditar que mesmo com novos componentes, vc pode voltar a ver o mundo com os mesmos olhos de antes, mas com algo diferente dentro de si, uma vivência a mais, um brilho no olhar, uma vontade maior.
O que pode impedir esse recomeço, esse reencontro com a libertação: Só o medo barra o recomeço.
É preciso, de vez em quando, voltar. A meditação já nos ensina a importância de sempre voltar. Voltar ao equilíbrio, ao ponto de concentração, por mais que nossa mente teime em se distrair. A divagação, o libertar da mente são necessários e sadios, mas tanto quanto é o retorno ao propósito inicial. Volte! Vá, e tenha o bom senso para usar o voltar.

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