sábado, 17 de janeiro de 2009

Clube do Livro - Primeira Edição

A Insustentável Leveza do Ser- Milan Kundera

Motivos para encontrar a mulherada em um "get together" nunca faltam e com certeza sempre serão infinitos... Rs...Rs...Rs.
Dessa vez, o propósito foi discutir as idéias por trás das relações de - A Insustentável Leveza do Ser- Milan Kundera.
Que leveza é essa e porque insustentável?

Para não delatar ninguém vou referir-me às meninas através de codi-nomes . (Ops!!... com as novas regras da ortografia, ainda fico na dúvida em relação ao uso do hífen...rs)
Francesinha, Ruivets, Paixão, Prima e Eu. Cada uma com uma história de vida e de amor beeeeeeeeeem diferente, mas todas na mesma condição nata - sangrar todo mês!
Partimos a discussão do casal central da história, Tomaz e Tereza. Ele sempre atrás da leveza e ela sempre trazendo o peso. A pergunta surgiu inevitavelmente. Quem mais representa o peso e quem mais representa a leveza, o homem ou a mulher?

Mal começou o jogo no clube e o placar já era de 3 a 2!!! Ruivets e Francesinha, convictas, apostaram na leveza para a mulher e o peso para o homem. Argumentos? O homem é por natureza forte, rígido, menos flexível, já a mulher é solta, deixa-se levar pela condução do próprio homem. Ele guia, ela baila atrás.
No campo do adversário visitante (já que o clube era na casa de Dna. Ruivets), eu, Prima e Paixão deixamos a leveza para os homens e o peso para as mulheres. Será que isso tem a ver com nossas histórias de vida e de amor? Aí, meu Deus, nem quero pensar nisso....
A mulher discute, questiona, pira, enlouquece, nóia, cria mil e um fantasmas na cabeça e depois se arrepende, tem dificuldade em lidar com a culpa. O homem é objetivo, direto, simples, ou é ou não é. A mulher é E não é.
Bom... No final dessa discussãozinha, ambos os grupos acabamos concordando com a possibilidade do ponto de vista alheio não estar errado.

Continuando... Nessa altura, umas estavam na cervejinha, outras no vinho branco, tinto, sakê... rs...rs. As bebidas foram acabando e a dona da casa foi pegando o que tinha... Eu, como não queria levar nosso clube à falência multipla de órgãos começando pela cirrose, preparei um pratinho digno de ser elogiado pelas integrantes do Clube das comidinhas ou das gordinhas - vide blog: elpriscillita.blogspot.com
Quanta honra!!! Um dia também vou fazer parte desse clube!

Voltando... Leveza e traição, qual a relação? Nas relações expostas por Kundera, em todas a maldita aparece, sendo até bendita para uns. Tomaz lida muito bem com a traição, para ele, ela é leve, sabe e consegue separar muito bem o dormir e o deitar. E isso não é porque ele é o homem central do livro, não. Para o namorado de Sabina não é assim.
Tereza não entende e nem aceita a leveza dessa traição, ela pesa. Tereza quer Tomaz só para ela e luta até o final por isso. Sabina tem uma relação de leveza com a traição, quer Tomaz para ela mas compreende que ele também quer o mundo, e o deixa livre.
Quanta ironia! Sabina fica sem Tomaz, Tereza consegue o que quer, a leveza torna-se tão pesada que por amor, abre-se mão dela, mas o peso de sua ausência acaba sendo fatal.

Bom... Quanto as nossas conclusões... Foram várias... Mas o mais válido é que nesse tema não existe a verdade universal, existe o ponto de partida e tenho certeza que entrar em contato com opniões diversas nos ajuda a encontrar e a enxergar nosso próprio Eu.

Vixi... O papo foi longo e longe... A única certeza que tivemos é que o clube não pára por aqui. Próxima edição já tem nome: Clarice Lispector - Uma aprendizagem ou o Livro dos prazeres. Até lá..Voilà!!!!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Que delícia ser Mulher!

Esses dias uma imensa alegria desporquerizada me preencheu o coração. Na verdade.. Ops! fazendo juz ao ser contraditório do feminino... Um único porquê me deu uma explicação para aquele tão agradável sentimento. Sou mulher e isso é uma delícia!

Amo poder cuidar de mim, me "emperequetar" e não ser considerada metrosexual, ser extremamente emocional, amar loucamente por um segundo e depois não ligar muito mais para esse sentimento, ser contraditória e compreendida mesmo assim, exagerar no perfume, falar que sabe aquilo que soube muito bem um dia mas não consegue se lembrar bem, comer só sopa em um dia e no outro encher a cara de vinho e queijos com a mulhereda, entre várias outras coisitchas que nós mulheres amamos fazer e às vezes nem reparamos que são exclusividades nossas.
Bem, fui procurar um poema que me lembra muito minha adolescência e que dizia mais ou menos assim... "Digo mais ou menos porque decidi dar uma personalizada nele, alterei e tirei algumas partes".

Poema de Mulher
Que mulher nunca teve um sutiã meio furado, um primo meio tarado ou um amigo meio viado?
Que mulher nunca tomou um fora de querer sumir ou um porre de cair?
Que mulher nunca sonhou com a sogra calada, em ser muito feliz na vida ou com uma lipo na barriga?
Que mulher nunca pensou que a culpa era toda dela?
Que mulher nunca penou para ter a perna depilada, para aturar uma empregada ou para trabalhar menstruada?
Que mulher nunca comeu uma caixa de Bis, por ansiedade, um alface, no almoço, por vaidade ou um canalha, por saudade?
Que mulher nunca apertou o pé no sapato pra caber, a barriga para emagrecer ou um ursinho pra não enlouquecer?
Que mulher nunca jurou que não estava ao telefone, que não pensa em silicone ou que "dele" não lembra nem o nome?!
Que mulher? Se existe, não é mulher!