sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Complexo de Sherazade

Todos nós somos muitos em um só.
Eu tenho um costume péssimo para minha reputação de moça equilibrada e ótimo para meu auto conhecimento. Adoro conversar comigo mesma! Troco várias idéias com meus mais diversos "Eus". Às vezes acontece algo bastante intrigante. Meus "Eus" conversam entre si!

E os papos variam de profundos a filosofadas baratas, sempre passando por histórias fantásticas criadas por um ID bastante saidinho que não dá a menor bola pro Super Ego. E são exatamente essas histórias que vou contar de vez em quando por aqui... Os personagens podem ser fictícios ou reais em uma outra dimensão...vai saber...


" Hoje me contaram de você. Soube que está longe, feliz e rodeado de amigos. Dizem que nem se parece com o garoto tímido da escola que usava calça justa, era cabeludo e andava sempre de fones de ouvido evitando conversas. Fiquei sabendo que semana passada você ganhou um prêmio, e não foi qualquer um, foi um leãozinho de Cannes!

O brilho dos seus olhos é mais intenso, seus cabelos curtos mostram melhor o seu maxilar quadrado que sempre chamou atenção das garotas... Casou? Não...cada hora está com uma! Acho que desconta tudo o que não viveu na adolescência.
- Ah, então deixa ele viver mais um pouco, semana que vem eu ligo!"











quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Janela de Tempo

Nossa... Agora que me dei conta... Passaram-se quase 3 anos e meio desde a última postagem....
O que aconteceu? ... Talvez outras prioridades, talvez um mundo lá fora mais colorido, talvez uma reclusão por falta de palavras ou idéias, ou apenas uma janela de tempo..

Costumo despertar para a escrita quando estou em sofrimento. Já dizia o poeta, "o que seria da poesia sem o sofrimento"..? Não que este seja o caso, mas talvez uma sensibilidade mais à flor da pele por ter conhecido "o outro lado".

Saí, voei, naveguei, voei, voltei pra terra firme.... Soltei as amarras e agora volto a me amarrar ... A sensação é de um veludo macio, quente, mas que pode ficar abafado a qualquer momento.
Por enquanto sinto frio, a maciez me aquece, me tranquiliza... Sei que minha alma nômade despertada, agora adormece...

Quando o vento bater, o coração se abrir, o frio será a sensação de liberdade e o aconchêgo do veludo será como um cobertor na sauna. As vivências trouxeram sabedoria, serenidade, a ciência da paz para lidar com o esperar, com o precaver.

Marinheiro que é marinheiro tem que seguir em frente, mas sempre sabendo a hora de baixar as velas, atracar, abastecer o barco para não ficar a deriva sem mantimentos e esperar a melhor janela de tempo para partir de novo...