A Insustentável Leveza do Ser- Milan Kundera
Motivos para encontrar a mulherada em um "get together" nunca faltam e com certeza sempre serão infinitos... Rs...Rs...Rs.
Dessa vez, o propósito foi discutir as idéias por trás das relações de - A Insustentável Leveza do Ser- Milan Kundera.
Que leveza é essa e porque insustentável?
Para não delatar ninguém vou referir-me às meninas através de codi-nomes . (Ops!!... com as novas regras da ortografia, ainda fico na dúvida em relação ao uso do hífen...rs)
Francesinha, Ruivets, Paixão, Prima e Eu. Cada uma com uma história de vida e de amor beeeeeeeeeem diferente, mas todas na mesma condição nata - sangrar todo mês!
Partimos a discussão do casal central da história, Tomaz e Tereza. Ele sempre atrás da leveza e ela sempre trazendo o peso. A pergunta surgiu inevitavelmente. Quem mais representa o peso e quem mais representa a leveza, o homem ou a mulher?
Mal começou o jogo no clube e o placar já era de 3 a 2!!! Ruivets e Francesinha, convictas, apostaram na leveza para a mulher e o peso para o homem. Argumentos? O homem é por natureza forte, rígido, menos flexível, já a mulher é solta, deixa-se levar pela condução do próprio homem. Ele guia, ela baila atrás.
No campo do adversário visitante (já que o clube era na casa de Dna. Ruivets), eu, Prima e Paixão deixamos a leveza para os homens e o peso para as mulheres. Será que isso tem a ver com nossas histórias de vida e de amor? Aí, meu Deus, nem quero pensar nisso....
A mulher discute, questiona, pira, enlouquece, nóia, cria mil e um fantasmas na cabeça e depois se arrepende, tem dificuldade em lidar com a culpa. O homem é objetivo, direto, simples, ou é ou não é. A mulher é E não é.
Bom... No final dessa discussãozinha, ambos os grupos acabamos concordando com a possibilidade do ponto de vista alheio não estar errado.
Continuando... Nessa altura, umas estavam na cervejinha, outras no vinho branco, tinto, sakê... rs...rs. As bebidas foram acabando e a dona da casa foi pegando o que tinha... Eu, como não queria levar nosso clube à falência multipla de órgãos começando pela cirrose, preparei um pratinho digno de ser elogiado pelas integrantes do Clube das comidinhas ou das gordinhas - vide blog: elpriscillita.blogspot.com
Quanta honra!!! Um dia também vou fazer parte desse clube!
Voltando... Leveza e traição, qual a relação? Nas relações expostas por Kundera, em todas a maldita aparece, sendo até bendita para uns. Tomaz lida muito bem com a traição, para ele, ela é leve, sabe e consegue separar muito bem o dormir e o deitar. E isso não é porque ele é o homem central do livro, não. Para o namorado de Sabina não é assim.
Tereza não entende e nem aceita a leveza dessa traição, ela pesa. Tereza quer Tomaz só para ela e luta até o final por isso. Sabina tem uma relação de leveza com a traição, quer Tomaz para ela mas compreende que ele também quer o mundo, e o deixa livre.
Quanta ironia! Sabina fica sem Tomaz, Tereza consegue o que quer, a leveza torna-se tão pesada que por amor, abre-se mão dela, mas o peso de sua ausência acaba sendo fatal.
Bom... Quanto as nossas conclusões... Foram várias... Mas o mais válido é que nesse tema não existe a verdade universal, existe o ponto de partida e tenho certeza que entrar em contato com opniões diversas nos ajuda a encontrar e a enxergar nosso próprio Eu.
Vixi... O papo foi longo e longe... A única certeza que tivemos é que o clube não pára por aqui. Próxima edição já tem nome: Clarice Lispector - Uma aprendizagem ou o Livro dos prazeres. Até lá..Voilà!!!!
sábado, 17 de janeiro de 2009
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Um comentário:
Amigão, adorei seu texto sobre o clube!!!!
Aguarde a carteirinha agora.....bjão
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